TCM determina que prefeito de Santaluz suspenda contratações sem processo seletivo; vereador aponta suspeita de funcionários fantasmas
Sede da Prefeitura de Santaluz | Foto: Notícias de Santaluz
O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia determinou que o prefeito de Santaluz, Arismário Barbosa Júnior, suspenda qualquer nova contratação temporária que não tenha sido feita por meio de processo seletivo. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (6), após denúncia da Diretoria de Controle de Atos de Pessoal, que apontou suspeitas de irregularidades em 849 contratações realizadas apenas nos primeiros quatro meses deste ano.
A medida cautelar foi assinada pelo conselheiro Plínio Carneiro Filho. O TCM também exigiu que o prefeito apresente, em até 60 dias, um cronograma com as providências para substituir os servidores contratados de forma temporária.
Além disso, Arismário deverá ser notificado a prestar esclarecimentos em até 20 dias, a contar da publicação da decisão no Diário Oficial Eletrônico do TCM.
Fontes ouvidas pela reportagem apontam um inchaço na folha de pagamento da prefeitura, causado pelo excesso de admissões sem critérios técnicos. A situação foi tema de críticas durante a sessão da Câmara de Vereadores, também realizada nesta quarta-feira.
O vereador Paulão fez um discurso contundente, afirmando que há pessoas contratadas recebendo salários sem trabalhar. “É difícil uma casa que não tenha alguém ganhando sem trabalhar”, disse.
O parlamentar ainda mencionou a existência de pessoas contratadas para trabalhar no município, mas morando em outras cidades. “Eu vi um comentário — e aí a folha, e eu vou apurar isso, nós vamos apurar isso — dá cerca de 700 mil reais de pessoas que recebem sem trabalhar. Pessoas morando em Salvador, em Jacobina, em Feira de Santana. Gente que tem carteira assinada em outras funções privadas e lotadas aqui.”
Paulão também criticou a desproporção entre servidores e estudantes em algumas escolas da rede municipal. “Tem escola que parece mentira, tem o mesmo número de servidores que o número de alunos.” E completou: “Nosso município está sendo enterrado.”
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