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Assistências técnicas que alteram peças de celulares roubados podem ser responsabilizadas, afirma delegado da Polícia Civil

 




A suspeita é que algumas empresas estejam trocando o IMEI 

A Polícia Civil (PC) de Feira de Santana tem recuperado diversos celulares nos últimos meses. A corporação continua intensificando o combate a roubos e furtos e, também, devolvendo os aparelhos aos seus respectivos proprietários.

Além disso, a PC não descarta iniciar investigações contra assistências técnicas como parte de sua estratégia. Segundo o delegado coordenador da Polícia Civil, Yves Correia, há suspeitas de que algumas empresas ou funcionários estejam agindo em conluio com criminosos para dificultar a recuperação dos aparelhos.

O foco da investigação é a troca do IMEI (International Mobile Equipment Identity), o código único de identificação de cada celular. A alteração desse código pode dificultar o rastreamento do aparelho, o que se torna um obstáculo para o trabalho da polícia.

Em entrevista ao repórter Denivaldo Costa, o delegado Yves Correia afirmou que, caso seja comprovada a má-fé, os responsáveis pelas empresas podem ser responsabilizados. “Se a polícia perceber a má-fé das empresas em obstruir a localização de celulares roubados, eles serão responsabilizados. A atitude pode ser considerada como um crime organizado”, ressaltou.Receptação e cumplicidade

A autoridade policial explicou à reportagem da Rádio Subaé que a responsabilidade criminal do administrador da empresa pode variar dependendo do nível de envolvimento.

Receptação: O responsável pode responder por receptação dolosa ou culposa, caso a empresa receba celulares roubados. A receptação culposa se caracteriza pela negligência na aquisição do item, enquanto a dolosa implica que a pessoa sabia da origem criminosa do aparelho.

Cumplicidade em roubo ou furto: Yves Correia destacou que, se houver prova de que a assistência técnica sabia que o indivíduo estava roubando ou furtando os aparelhos antes de recebê-los, o administrador poderá responder pelos próprios crimes de roubo ou furto.

“A receptação tem o dolo somente depois, ou seja, o indivíduo roubou e levou. Agora, se o responsável pelo estabelecimento sabe que o indivíduo estava roubando antes de receber o aparelho, ele pode responder pelo roubo ou pelo furto”, finalizou.

A Polícia Civil recomenda que os funcionários das empresas sempre peçam a nota fiscal do aparelho aos clientes antes de realizar qualquer conserto, pois essa medida pode ajudar a garantir o respaldo da empresa em uma futura investigação policial.

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