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Delegado da PF pede para ficar calado em depoimento na CPMI do roubo do INSS



 A audiência da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve bate-boca entre o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e o delegado da Polícia Federal, Bruno Bergamaschi.

A confusão começou acerca da possibilidade de Bergamaschi fornecer informações que estavam resguardadas sob sigilo. Presentes no encontro dizem que houve ameaça de voz de prisão – o parlamentar nega.

Foi preciso que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, relator do caso relativo aos descontos indevidos em aposentadorias em pensões na Corte, agisse para estabelecer consenso. Ou seja, garantiu o silêncio de quem tem o que dizer para elucidar o desvio de bilhões de aposentados brasileiros.

Como relator, baseei minhas perguntas exclusivamente em informações não sigilosas e, mesmo assim, o delegado respondia que não podia falar. Insisti, esclarecendo que as perguntas tratavam de dados já publicizados“, afirmou Gaspar.

O deputado prosseguiu explicando o entrevero. “Ele próprio explicou que havia recebido determinação superior para não se manifestar, inclusive sobre informações já públicas. Esse foi o motivo da discórdia. Como relator, apenas reforcei que não cabe à testemunha calar a verdade, salvo nas exceções previstas em lei. O que não era o caso. Por isso, não aceitei o silêncio como resposta“, prosseguiu.

Precisou o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), agir para apaziguar os ânimos, segundo relatos. Depois de um habeas corpus do Supremo que determinou que o delegado deveria falar, salvo em situações que envolvesse informações realmente sigilosas, chegou-se a um consenso.

Depois da decisão do STF, tudo ficou resolvido“, afirmou Gaspar.

A reunião de integrantes da CPI do INSS com Bergasmaschi durou cerca de quatro horas. O encontro foi feito de forma secreta, a pedido do delegado da PF.

Fonte: Terra