Feira de Santana: Perito do DPT revela surpresa com exoneração do cargo; Rogério Serafim informa sobre o empréstimo dos rabecões
O governador sempre diz que não solta a mão de quem deu a mão a ele”
Feira de Santana – Uma mudança significativa agitou os bastidores do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia, com a exoneração do perito criminal Rogério Serafim Vieira de Souza do cargo de coordenador regional da Macro Regional do Recôncavo. A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado, surpreendeu Serafim, que abriu o jogo em entrevista ao repórter Denivaldo Costa, da Rádio Subaé, abordando a surpresa da publicação e citou sobre situação dos rabecões em Feira de Santana.
Rogério Serafim, perito criminal de carreira com quase três décadas de serviço, encarou a sucessão no cargo com naturalidade, mas não escondeu a surpresa pela falta de diálogo prévio. “A naturalidade advém justamente porque eu sou perito criminal, oficial de carreira. Fiz concurso para perito, não para coordenador. Agora, a forma que foi conduzida me deixou surpreso, tendo em vista que não houve nenhum diálogo prévio com relação a essa questão da eventual substituição”, declarou à Rádio Subaé.A comunicação da exoneração, segundo Serafim, chegou a ele por meio de amigos que viram a publicação no Diário Oficial. Somente após isso, o diretor-geral do DPT, Dr. Oswaldo Silva, entrou em contato para expressar gratidão e se desculpar pela impossibilidade de um aviso prévio. No entanto, a razão por trás da substituição permaneceu obscura. “Não houve nenhuma explicação do porquê, qual a motiva dessa substituição. A gente entende que tem feito um trabalho bom, aprovado pela sociedade e pelos colegas”, afirmou o ex-coordenador.
Antes de assumir a coordenação regional em Feira de Santana, Serafim esteve afastado por quatro anos para cumprir seu mandato como prefeito de Serra Preta. Ao decidir não buscar a reeleição, ele retornou ao DPT em Itaberaba, até ser convidado para a coordenação em Feira de Santana e, em seguida, para a diretoria do interior. Com a chegada do Dr. Oswaldo à direção do DPT, Serafim colocou o cargo à disposição e, posteriormente, foi reconduzido à coordenação do Recôncavo.
Questionado sobre uma possível perseguição política, o perito se mostrou cauteloso, mas expressou a expectativa de obter respostas em breve, considerando seu alinhamento com o governador Jerônimo. “O governador sempre diz, e isso a gente recebe assim de bom grado, que ele não solta a mão de quem deu a mão a ele. Então, esse soltar de mão agora, nesse momento, eu não estou entendendo e tenho que ter essa resposta no dia de hoje”, pontuou.
Rabecões em Feira de Santana
Um dos pontos citados na entrevista foi a situação dos rabecões em Feira de Santana. A cidade, que é uma importante metrópole, encontra-se com apenas um único veículo para realizar os levantamentos cadavéricos, atendendo não só a Feira de Santana, mas cidade da região. A situação é ainda mais grave ao saber que dois rabecões foram cedidos temporariamente para os municípios de Alagoinhas e Serrinha, deixando Feira de Santana com uma capacidade reduzida para lidar com as ocorrências de óbitos
Serafim confirmou que a movimentação dos veículos ocorreu durante sua gestão. Ele explicou que Feira de Santana, por ser a sede da macro regional, frequentemente oferece suporte a outras unidades do DPT, como Serrinha, Alagoinhas, Santa Amaro, Santo Antônio de Jesus e Ilha de Vera Cruz. A justificativa para o empréstimo dos rabecões foi a ocorrência de problemas mecânicos emergenciais nas frotas dessas outras unidades.
Blog Central de Polícia, com informações e fotos Denivaldo Costa (Rádio Subaé)
