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Morte de mulher que comeu pastel: investigação requer cautela , diz delegado



A morte de Patrícia dos Santos Soares, de 41 anos, ocorrida no último sábado (14) no bairro Santa Mônica em Feira de Santana, é tratada com extrema cautela pela Polícia Civil. Há suspeita de que o óbito, inicialmente atribuído a uma parada cardiorrespiratória, possa ter relação com a ingestão de um pastel dias antes. No entanto, o delegado João Rodrigo Uzzum,  titular da 1ª Delegacia Territorial, enfatiza que a prova pericial será determinante para a investigação.

Em entrevista ao repórter Denivaldo Costa (Rádio Subaé), o delegado Uzzum ressaltou a seriedade do trabalho investigativo, especialmente em casos que envolvem a vida de uma pessoa. “Todo processo de investigação, ele deve ser iniciado e também dado prosseguimento a ele com a devida cautela que as praxes investigativas e legais exigem

 A ocorrência chegou à Delegacia Territorial após o titular da Delegacia de Homicídios, Dr. Gustavo, considerar a possibilidade de uma morte natural, encaminhando o caso para a unidade responsável por investigações gerais. Patrícia, que trabalhava em um estabelecimento teve o corpo submetido à necrópsia, e amostras do conteúdo estomacal foram coletadas para exame.

“Já estamos diligenciando junto ao DPT [Departamento de Polícia Técnica] a chegada o mais rápido possível desse laudo para que possamos verificar, mediante uma prova técnica, o que de fato ocorreu”, explicou a autoridade policial.

Questionado diretamente sobre a suspeita de que um pastel ingerido na última quinta-feira (12) possa ter causado a morte, o delegado Uzzum foi enfático ao sublinhar a necessidade de aguardar os resultados técnicos. “A princípio seria um pastel que ela teria ingerido? Essa é a informação que nós temos. Vamos analisar se tem relação com a morte dela, se não tem relação. Como eu digo, a prova pericial é essencial. Vamos ver o que vai chegar no laudo pericial para que a busca, no caso do processo penal, tem um princípio que se chama busca da verdade real. Nós temos que chegar na verdade real do que ocorreu. Então, sem uma prova técnica, fica complicado”, ponderou.

Ele destacou que a família ser acolhida para prestar as primeiras declarações, ” No caso como esse, evidentemente, é a cautela e análise da prova pericial”.

O delegado ainda fez um alerta sobre a responsabilidade de quem conduz uma investigação criminal. “Qualquer processo de natureza criminal é uma coisa muito séria na vida de uma pessoa. Então o profissional envolvido numa investigação, ele tem que ter cautelas e tem que evidentemente antes de chegar ao ponto de produzir um indiciamento, ele ter uma situação bem robusta sob o ponto de vista probatório. Então nós não podemos agir com o calor das emoções, nós não podemos agir de forma não profissional dentro de uma investigação policial”, finalizou.

Blog Central de Polícia, com informações de Denivaldo Costa e foto CP