Ameaça e revolta impedem time de contratar preso por estupro
A saga de Ched Evans para voltar a jogar futebol ganhou mais um capítulo negativo. Preso por estuprar uma jovem em 2011 e condenado a cinco anos de cadeia, o ex-atacante do Manchester City está sem clube desde que foi solto em outubro do ano passado. E nesta segunda-feira, o Oldham Athletic – clube da terceira divisão inglesa que parecia ter tudo certo para contratar o jogador – deu sinais de que não vai mais fechar o negócio.
Entre os principais motivos para o recuo do Oldham, estão a ameaça do patrocinador do clube, a fabricante de calhas e canos Verlin, de terminar o contrato caso Evans seja contratado; e também um abaixo-assinado online feito pelos torcedores, com mais de 8 mil pessoas revoltadas com a possível chegada do atacante de 26 anos. O técnico Lee Johnson também teria se manifestado contra o reforço, segundo o Sportsmail.
Em petição encaminhada ao presidente do Oldham, os torcedores do time disseram que Evans “tem o direito de trabalhar, mas não precisa ser em uma função onde ele influencie a visão sobre a violência sexual”. O clube já passou por situação semelhante: em 2007, contratou o atacante Lee Hughes, que havia passado seis anos preso por matar uma pessoa em um acidente automobilístico.
Antes de tentar fechar com o Oldham, Evans esteve próximo de assinar com o Hibernians, clube da primeira divisão de Malta. Porém, a Justiça britância vetou o negócio, já que o atacante galês ainda não pode trabalhar fora do Reino Unido. Outro caso emblemático foi quando o Sheffield United ficou perto de recontratá-lo, e a campeã olímpica de heptatlo Jessica Ennis – que batiza uma das tribunas do estádio do clube – ameaçou retirar seu nome se a transação ocorresse.