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A DIFICIL missão do coronel Anselmo entre o humanismo e repressão



1. O governador Rui Costa apostou alto ao escolher o coronel Anselmo Alves Brandão para Comandante Geral da PM e ter como diretriz uma polícia mais humanizada. Essa afirmativa não é de agora, nem de Rui, mas, de muitos governadores que assumiram o comandato do estado. 
   2. A diferença, agora, é que Rui colocou no comando da corporação um coronel tido como conciliador, seis anos no chamado 'come e dorme' que são os cargos de 'ajudante de ordens' associados ao TJ, Prefeitura, Câmara de Vereadores, Assembleia, TCE, etc, e não um comandante de tropa, um oficial que tivesse mais sintonia com a tropa.
   3. Numa Bahia a cada dia mais violenta - hoje, bandidos explodiram duas agências bancárias em Crisópolis e Passé - um comandante que priorizará o 'policiamento comunitário' é muito bom restando saber se, na prática, o coronel Brandão conseguirá tal intento, ainda que não seja 'universal' - em todo estado - pelo menos em parte. 
   4. Esse conceito de Policia Comunitária vem do governo Paulo Souto, salvo engano, com as Companhias de Policia e a proximidades dos PMs com a população. O governo Wagner aprofundou essa prática com o Pacto pela Vida pondo unidades pacificadoras em vários bairros da capital e algumas cidade do interior, com bons resultados.
   5. A PM do Pacto, no último Natal, por exemplo, distribui presentes com as crianças do Calabar, Coutos, Alto das Pombas, Nordeste de Amaralina e algumas comunidades do interior. Os oficiais e praças lotados nessas unidades são, de fato, mais própximos da comunidade, conhecem algumas pessoas e interagem, com bons resultados. Há troca de informações e a paz, como aconteceu no Calabar, antes um bairro que frequentava com avidez as páginas policiais dos jornais deixou que isso acontecesse.
   6. Evidente que o coronel Brandão também vai atuar na parte repressiva e nos embates com os bandidos, pois, não tem como ser de outra maneira. A questão é como conciliar as duas modalides: o humano e o repressivo, este último sempre violento. Se o coronel conseguir esse feito vai ser louvado. O coronel Alfredo Castro, o qual deixou o comando geral, em certa parte conseguiu embora tenha sido 'atropelado' pelas greves na corporação, cuja responsabilidade foi mais do governador do que dele.
   7. De sua parte, o governador Rui já deu um recado à tropa de que não vai permitir insubordinação, nem no estilo de greve; nem no estilo mais comum de agressões despropositada por parte de policiais. No meio político, diz que na escolha de Anselmo Brandão teria pesado além do seu perfil como policial correto, moderador, bom de diálogo, formação militar exemplar, opiniões de Manoel Vitório e Fátima Mendonaça.