Hábito de comer placenta cresce nos Estados Unidos
Apesar de muito comum entre muitas espécies de mamíferos, a ciência
ainda não tem evidências se a prática de comer placenta pelos humanos
faz bem ou mal à saúde. Nem mesmo no reino animal há comprovação de que
alimentar-se de placenta traga algum benefício. Considerada estranha, a
prática, sem precedentes antropológicos, tem se espalhado nos Estados
Unidos. Após o parto, mães têm pedido aos médicos que congelem suas
placentas, em vez de simplesmente descartá-las. As mulheres acreditam
que comer a placenta após o nascimento do bebê traz benefícios à saúde,
apesar da escassez de pesquisas científicas na área. As placentas são
cozidas, desidratadas, transformadas em pó e, em seguida, encapsuladas.
As pacientes entregam o órgão, mantido em ambiente refrigerado, até 48
horas depois do parto. No estado do Utah, nos EUA, onde a prática vem se
difundindo, o pacote básico, com um vidro de cápsulas e o cordão
umbilical desidratado custa 200 dólares.
A placenta é um tecido rico em ferro e hormônios benéficos do
pós-parto, como progesterona e ocitocina, por isso acredita-se que
ingeri-la traga benefícios. É por ela que passam nutrientes essenciais
da mãe para o bebê. Algumas pessoas acreditam que a prática pode
diminuir o sangramento pós-parto, ajudar o útero a voltar a seu tamanho
normal, enriquecer a produção de leite e prevenir a depressão pós-parto.
No entanto, nenhuma dessas ações são comprovadas.