Ministério público investiga venda de Gabriel ao Flamengo
O ministério Público Federal instaurou um inquérito para
investigar a venda do meia Gabriel do Bahia para o Flamengo, em janeiro deste
ano. A investigação irá apurar possíveis irregularidades cometidas na gestão do
então presidente, Marcelo Guimarães Filho, destituído do cargo por uma intervenção
judicial. Segundo reportagem do A Tarde, informações extraoficiais divulgadas à
época - não confirmadas pelo Bahia -, Gabriel teria tido 50% dos seus direitos
econômicos negociados por R$ 5,9 milhões. Outros 30% teriam ficado sob a posse
do empresário Carlos Leite. O Bahia teria mantido 20%.
O MPF
investiga se houve sonegação fiscal e lavagem de dinheiro (entre outros crimes
fiscais) cometidos na venda do jogador, a mais alta na administração de Marcelo
Filho. De acordo com a reportagem, o dinheiro da venda do jogador foi paga pelo
Flamengo em parcelas. "Não foi uma venda à vista, foi realmente parcelada.
Mas já pagamos tudo que devíamos ao Bahia. Só não me lembro dos valores",
disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo.
Apesar da garantia de Bandeira, a empresa de auditoria Performance,
contratada pela direção interventora do Bahia, ainda não encontrou nenhum
indício de que este dinheiro tenha sido depositado nas contas do clube. "Ainda
estamos no aguardo do relatório da auditoria. Não posso confirmar nem
negar qualquer informação antes de o relatório ficar pronto", disse o
interventor Carlos Rátis. O relatório final da auditoria deve ser anexado à
investigação do MPF antes do dia 9 de setembro, quando será finalizada a
intervenção, com o ato de posse do novo presidente do Bahia.